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Denúncia! Casos de aporofobia em Belo Horizonte



APOROFOBIA é um termo creditado à filósofa espanhola Adela Cortina. A pensadora tinha a intenção de traduzir uma patologia social de seu tempo, a saber: a aversão a alguém que é percebido como diferente.


Na raiz grega, o termo é constituído por duas palavras: á-poros (sem recursos, pobre, desvalido) e phobos (medo, aversão). Significando, portanto, aversão a pobres.


“Segundo Adela Cortina, é uma fobia contra o pobre, que leva a rechaçar pessoas, raças e etnias que habitualmente não têm recursos e, portanto, não podem oferecer nada, ou parece que não o podem”. [Ana Elisa Bechara - USP]

Recentemente, no Brasil, o termo começou a ser amplamente difundido pelo padre Júlio Lancellotti, a partir da campanha da Pastoral do Povo da Rua, de São Paulo. O clérigo, atualmente, divulga casos de aporofobia em todo o Brasil e têm obtido resultados junto aos estabelecimentos.


Em um pequeno percurso pela região central de Belo Horizonte, 15 quilômetros à pé, pude constatar algumas ocorrências. Elas estão dispostas abaixo, com os respectivos endereços.



O nosso olhar para a cidade, constantemente pasteurizado pela correria do dia a dia, não percebe as intervenções arquitetônicas que afastam a convivência e tornam a cidade cada vez mais hostil, especialmente, para a população em situação de rua. Este texto é um alerta para a situação. Somo, humildemente, minha voz à do padre Júlio, na esperança de melhorarmos essa situação.


Esta publicação, desenvolvida com o intuito de servir de motivação para a construção de uma cidade melhor, será atualizada em caso de recebimento de novas denúncias. Sinta-se livre para enviar em contato@campanhascriativas.com.


 


Gustavo Dias


Mestre em Comunicação Social e Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador do Grupo de Imagem e Sociabilidade da UFMG. Escreve sobre política, suas estratégias e comunicação.

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